quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

domingo, 12 de dezembro de 2010

Falta de Proveito do Essencial.


Há séculos atrás, o acesso a informação, ao conhecimento, a opinião, era mais complicado e limitado. E mesmo assim surgiram tantas mentes brilhantes que são e foram base para tudo e para todas as relações na sociedade moderna.
O contraste está no fato de que mesmo em tanta dificuldade em relação ao ponto de partida do jovem de hoje, elas se sobressaíram. Não ficaram presas a um mundo sem futuro, em um ciclo vicioso.
Independente da classe social em que nasce um jovem hoje, ele tem muito mais chance do que um Voltaire, um Rosseau tiveram em sua estaca zero de sua vida academica. Com a busca ao conhecimento dificultosa surgiram grandes revoluções, ou seja, houve transformação quando muitos procuraram entender e modificar o que estava acontencendo. Buscaram o conhecimento a leitura para aprender a pensar.
Não entendo porque em meio a tanta tecnologia, a tantos meios de obter com facilidade o conhecimento, os jovens de hoje (não em termos gerais claro) desvirtuam essas ferramentas fazendo uso do que não será proveitoso ao seu futuro. Se todos aproveitassem de forma coerente estariamos vivendo em uma outra sociedade. Uma que seria mais justa e feliz. Completa. Essa existe em parte no mundo. Aqueles que realmente estudam. Fazem bom uso do vasto campo de pesquisa, transformam o local onde vive mesmo que seja a sua casa. Formando um pequeno grão desta tão diminuta sociedade em relação a outra existente no mundo. Esta outra é aquela no qual estamos habituados a ver. Aquela onde o normal é nascer, estudar um pouco que seja, viver para trabalhar ou se envolver no meio ílicito e viver mais preso do que ja é, até morrer. A culpa não é do sistema. O sistema qualquer que seja é formado por nós. Se o queremos diferente, basta sermos diferentes. Cada um deve ser ou tentar ser uma mente brilhante para o bem. O bem em prol de casa, do bairro, da cidade, da Unidade da Federação, do País e do Mundo. Este bem comum em todas as áreas: jurídica, educacional, hospitalar, segurança, lazer, religião.
A transformação começa pelo habito de ler. Não ler histórias em quadrinhos, nem fábulas que não existem. É melhor fazer nossas crianças aprender a pensar não a respeito do fictício e sim do que realmente é prudente e necessário. A política, a filosofia, a sociologia, as ciências naturais, a constituição base legal da sociedade em que vive, etc. O mundo não se tornaria pedante. O mundo tornaria menos auto-destrutivo, mais altruístico. O espírito e comprometimento das pessoas seriam de autentica preocupação com as desigualdades esgotando-as até não mais existir. Sendo impossível, exaurir a um percentual pífio em relação a felicidade genérica.
Como ja dizia Paulo Freire: "A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele"  
O ato de ler implica na relação que se tem com o mundo (FREIRE, A importância do ato de ler). 

Concluo: “a leitura é grande auxiliar da reflexão, da meditação, do voltar-se para dentro de si” (CAGLIARI, L. C. , 1990, p. 148). 

Obrigado a Todos que leram.